QUAL O IMPACTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO ÂMBITO JURÍDICO?

A inteligência artificial é a nova tecnologia que promete automatizar tarefas repetitivas e que dependam de raciocínio lógico (tomada de decisão) para serem realizadas. Nesse sentido, temos a IA dividida em três atuações, a assistente, a agente e a generativa: o primeiro modelo equivale a um processamento de dados com inferência lógica para sugestionar respostas a um usuário, na prática, esse assistente analisaria dados cruzados entre bancos e traria de pronto ao usuário a instrução do que deveria ser feito. Em outras palavras, o assistente de IA depende da interação humana para sua atuação, trabalha como um facilitador; o segundo modelo consiste em uma IA mais refinada, isto é, mais assertiva e independente após treinamentos, portanto, não depende da interação humana para atuar, seria ela na prática a responsável por agendar compromissos no calendário do usuário, verificando apenas a preexistência de compromissos marcados, alinhando os novos compromissos conforme julgamento lógico de disponibilidade e indisponibilidade e, do que deve ser marcado. É um simples exemplo, mas o agente de IA pode ser treinado para inferências lógicas que não dependam de supervisão, como atuar mediante cálculos matemáticos, condições duais (sim/não), etc. Para facilitar o entendimento, essa IA seria aquela automação de nova requisição sempre que preenchidas condições cumulativas numa base de dados, que dependa de julgamento lógico; por fim, o terceiro modelo consiste na IA generativa, mais famosa por conta de sua interação em linguagem natural. Assim como os modelos anteriores, essa interpreta a semântica dos textos, contudo, sua resposta é também em linguagem natural, isto é, textual. Esse modelo pode ser utilizado como agente de atendimento, a fim de responder qualquer questionamento de clientes, ou até mesmo, responsável pela análise de documentos resumindo-os em pontos mais relevantes de sua análise.

Diante desses conceitos, qual o impacto essa tecnologia pode gerar no âmbito jurídico?

Com a IA generativa, associada a metodologia RAG ou pré-treinada pelo “Fine Tunning”, é possível a geração de peças processuais mediante o cruzamento legislativo, jurisprudencial e de políticas internas do cliente. Com efeito, há a otimização da atividade intelectual advocatícia, cabendo ao advogado apenas a ratificação da cognição artificial. Além disso, temos mais assertividade, considerando a extensão do banco jurisprudencial analisado para confecção das peças, bem como, o ajuste de temperatura (criatividade) e retórica na escrita, o que contribui para o entendimento e julgamento da demanda.

Já o agente ou assistente de IA não necessariamente precisa responder em linguagem natural a um usuário para atuar. Então, no âmbito jurídico eles podem ser utilizados para o agendamento de audiências, mediante a análise da publicação de designação, associados das ferramentas de gestão da agenda do advogado. O agente de IA, sem necessidade de intervenção humana, simplesmente verificaria a agenda e lançaria um novo compromisso, enquanto o assistente criaria um alerta ao advogado, questionando-o se necessário o agendamento, com sua confirmação, o faria.

Esses são poucos exemplos do que a nova tecnologia pode operar, causando em consequência severas otimizações e um novo mercado, o mercado robotizado, cada vez mais intelectual.

Diante desse cenário, o Vigna Advogados se alinha com uma equipe altamente capacitada, com projetos inovadores somados à inteligência artificial e gestão de tecnologia, aprimorando a cada dia seus processos internos, buscando incessantemente pela superação das expectativas de seus clientes.

Fonte: Henrique Alencar Fiorentino, Advogado, pós-graduado em Gestão e Business Law pela FGV. Gerente de Tecnologia no Vigna Advogados Associados.

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