Pontos críticos para a análise de crédito em empresas de capital fechado
Seguindo o objetivo de conquistar recursos financeiros e movimentar os valores do negócio, empresas que atuam dentro do formato de capital fechado encontram em serviços de empréstimo e cessão de recebíveis uma oportunidade para realizar essa captação e atender às demandas diagnosticadas no âmbito interno. O que alguns deixam passar, entretanto, é a relevância de se contar com uma instituição financeira cuja autoridade seja evidenciada em um modelo de análise de crédito fundamentalista, capaz de interpretar a realidade apresentada de modo a tornar o processo altamente seguro, transparente e compatível com a experiência creditícia do cliente.
Um FIDC, enquanto um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, possui a expertise necessária para atender tanto organizações de capital aberto quanto fechado. Com operações mais rápidas em relação a bancos tradicionais, trata-se de uma opção na qual a celeridade é um diferencial imprescindível, com decisões agilizadas e operações mais rápidas para a estruturação.
Dentro deste contexto, existem aspectos que devem ser colocados em pauta, para que todas as etapas sejam conduzidas corretamente e, claro, sob o julgo de um departamento de crédito bem preparado para executar análises específicas.
Diferenças de gestão e o que priorizar na análise de crédito
Formada, geralmente, por um grupo de acionistas, cotistas ou investidores, a empresa de capital fechado, como o próprio termo sugere, não vai à bolsa de valores, em um sistema de decisões totalmente restrito.
Isso posto, retorno a destacar a importância de se optar por uma análise de crédito fundamentalista. O crescimento exige ainda mais demonstrativos e um corpo de finanças consolidado, e utilizar como base somente o comportamento de mercado, ou behavior score, não oferece a aderência desejada para a conclusão do diagnóstico. Quando a empresa apresenta dados corretos — nem sempre positivos, mas fidedignos com a realidade financeira do negócio, as chances de se angariar maiores volumes de crédito são potencializadas. Seja no longo prazo, para sustentar investimentos, ou no curto prazo, fortalecendo o capital de giro.
É preciso tratar dos números, estabelecer vínculos e analisar os principais índices econômicos e financeiros da empresa, trabalhando lado a lado com a sinergia entre as informações levantadas e o cotidiano operacional. Sem dúvidas, desta forma, o resultado será condizente com as expectativas depositadas no projeto escolhido para a movimentação do capital.
Autor: Claudio Bokel– CEO do Grupo Intrabank. Formado em Economia pela UERJ, com Mestrado em Administração pelo IBMEC e curso de extensão em Finanças na New York University, o executivo possui mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro e, ao longo de sua carreira, atuou em unidades de negócios de bancos de grande porte.