Cai em um golpe virtual, o que fazer?
Alex Casañas, professor de Ciência da computação e Análise de Desenvolvimento de Software do UDF, explica quais são os principais ataques virtuais e como se proteger
Distrito Federal, 24 de fevereiro de 2023 – Com o avanço da tecnologia, é comum ver nas redes sociais um crescimento expressivo de pessoas caindo em golpes virtuais. E de acordo com o relatório Fraud & Abuse Report, o Brasil está no ranking das cinco nações mais afetadas pelas fraudes digitais, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Rússia, Indonésia, Filipinas e Reino Unido.
O professor de Ciência da computação e Análise de Desenvolvimento de Software do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Alex Casañas, alerta que os golpes estão sendo realizados por dois formatos: envio de links ou contato telefônico. “Importante destacar que conforme evoluem os tipos de ataques, os criminosos estão sempre desenvolvendo tecnologias para aplicar novos”.
Confira os golpes mais comuns realizados pelo celular:
- Phishing: Os golpistas se passam por empresas confiáveis e enviam mensagens SMS ou e-mails solicitando informações pessoais ou financeiras, como números de cartão de crédito;
- 2. Vishing: Neste tipo de golpe, os fraudadores fazem ligações telefônicas falsificando sua identidade para obter informações confidenciais, como senhas e números de conta bancária;
- Smishing: Similar ao Phishing, mas com mensagens de texto ao invés de e-mails;
- Mensagens de texto de suporte técnico falso: Os golpistas enviam mensagens de texto se passando por empresas de tecnologia e pedem acesso remoto ao dispositivo do usuário ou solicitam informações pessoais;
- Aplicativos maliciosos: Os usuários baixam aplicativos maliciosos que roubam informações pessoais ou realizam cobranças fraudulentas na conta do usuário.
Visando esse cenário de golpes frequentes, o professor destaca que uma forma de se proteger dos ataques digitais é manter o celular com senha forte que só o usuário saiba, pois isso evita que um terceiro insira algum programa malicioso ou até mesmo modifique alguma configuração essencial.
Cai em um golpe, o que fazer?
Casañas afirma que, caso a pessoa seja vítima de um crime virtual, é importante tomar medidas imediatas para minimizar os danos e proteger sua segurança e privacidade.
O professor do UDF aponta também que o usuário pode contratar um advogado, uma vez que seja vítima de crimes por meio do celular, caso achar necessário. “Um especialista da área pode ajudá-lo a tomar medidas legais para resolver o problema e proteger a segurança da pessoa, bem como representá-lo em uma ação judicial. No entanto, o processo pode ser complexo e demorado, por isso, é importante escolher um advogado experiente e confiável para garantir o melhor resultado possível”, salienta.
Alex listou mais algumas dicas essenciais para quem cair em golpes ou para se proteger, confira:
– Altere as senhas: mude imediatamente todas as senhas de contas on-line, incluindo e-mail, bancos, rede social e contas de mensagens;
– Bloqueie as contas: se você suspeitar que sua conta de e-mail, rede social ou mensagens tenha sido invadida, desative-a imediatamente;
– Notifique as autoridades: registre um boletim de ocorrência imediatamente e forneça o máximo de informações detalhadas sobre o ocorrido, isso também ajudará na recuperação de informações do seu dispositivo;
– Conte a seus contatos: informe a seus contatos, incluindo amigos, familiares e empregador, sobre a invasão e peça-lhes para não clicar em links ou baixar arquivos suspeitos enviados a partir de sua conta;
– Avise seu provedor de serviços: informe seu provedor de serviços de telefonia celular sobre a invasão e peça-lhes para tomar medidas para proteger sua conta;
– Verifique suas transações bancárias: confira seu histórico de transações on-line para checar se houve algum uso não autorizado de suas informações financeiras;
– Ative a autenticação de dois fatores: habilite a autenticação de dois fatores em todas as suas contas on-line para protegê-las contra invasões futuras;
– Bloqueio do dispositivo: você pode bloquear o dispositivo remotamente usando a conta da Apple (para iPhone) ou a Conta do Google (para Android). Isso impedirá que qualquer pessoa acesse o seu dispositivo e os dados armazenados nele;
– Limpar o dispositivo remotamente: além de bloquear o dispositivo, você também pode limpar todos os dados armazenados nele virtualmente, usando a mesma conta que você usou para bloquear o dispositivo;
– Desativar o acesso ao armazenamento em nuvem: se você tiver arquivos importantes.
Por fim, Alex ressalta a importância de ser vigilante e ter consciência sobre a segurança digital. “É fundamental sempre estar atento aos sinais de alerta e adotar medidas preventivas, como as mencionadas acima, para proteger suas informações pessoais e dados financeiros. Além disso, é importante educar-se sobre os mais recentes golpes e ameaças cibernéticas, para estar sempre preparado e protegido”, conclui.