IPCA-15 desacelera para 0,21% em outubro, informa IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) foi de 0,21% em outubro, 0,14 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de setembro (0,35%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,96% e, em 12 meses, de 5,05%, acima dos 5,00% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2022, a taxa foi de 0,16%.
Período | Taxa |
Outubro de 2023 | 0,21% |
Setembro de 2023 | 0,35% |
Outubro de 2022 | 0,16% |
Acumulado do ano | 3,96% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 5,05% |
Sete dos nove grupos pesquisados registraram alta em outubro. A maior variação (0,78%) e o maior impacto (0,16 p.p.) vieram de Transportes pelo segundo mês consecutivo. Os grupos Saúde e cuidados pessoais (0,28%) e Habitação (0,26%) também registraram alta e contribuíram com 0,04 p.p. cada.
No lado das quedas, os preços do grupo Alimentação e bebidas (-0,31% e -0,07 p.p.) recuaram pelo quinto mês consecutivo. Os demais grupos ficaram entre a queda de Comunicação (-0,29%) e a alta de Despesas Pessoais (0,31%).
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Setembro | Outubro | Setembro | Outubro | |
Índice Geral | 0,35 | 0,21 | 0,35 | 0,21 |
Alimentação e bebidas | -0,77 | -0,31 | -0,16 | -0,07 |
Habitação | 0,30 | 0,26 | 0,05 | 0,04 |
Artigos de residência | -0,47 | 0,05 | -0,02 | 0,00 |
Vestuário | 0,41 | 0,33 | 0,02 | 0,02 |
Transportes | 2,02 | 0,78 | 0,41 | 0,16 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,17 | 0,28 | 0,02 | 0,04 |
Despesas pessoais | 0,35 | 0,31 | 0,04 | 0,03 |
Educação | 0,05 | 0,07 | 0,00 | 0,00 |
Comunicação | -0,15 | -0,29 | -0,01 | -0,01 |
A queda do grupo Alimentação e bebidas (-0,31%) foi influenciada pela alimentação no domicílio (-0,52%), que desacelerou ante o mês anterior (-1,25%). Destacam-se as quedas do leite longa vida (-6,44%), feijão-carioca (-5,31%), ovo de galinha (-5,04%) e das carnes (-0,44%). No lado das altas, o arroz (3,41%) e as frutas (0,71%) subiram de preço.
A alimentação fora do domicílio (0,21%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%). A alta da refeição (0,22%) foi menos intensa que a do mês anterior (0,35%) e o lanche (-0,11%) registrou queda de preços, após alta de 0,74% em setembro.
No grupo dos Transportes (0,78%), o subitem passagem aérea subiu 23,75% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,16 p.p.). Transporte por aplicativo (5,64%) e emplacamento e licença (1,64%) também registraram alta.
Quanto aos combustíveis (-0,44%), houve queda na gasolina (-0,56%), no etanol (-0,27%) e no gás veicular (-0,27%), enquanto o óleo diesel (1,55%) subiu. A alta do táxi (0,31%) decorre do reajuste de 20,00% em Porto Alegre (3,59%), a partir de 9 de outubro.
No grupo Habitação (0,26%), destacam-se as altas do gás de botijão (1,24%) e do aluguel residencial (0,29%). A taxa de água e esgoto (0,27%) subiu por conta do reajuste de 6,75% em Salvador (4,42%), a partir de 25 de setembro. Por sua vez, a energia elétrica residencial registrou queda de 0,07% em outubro.
Em Saúde e cuidados pessoais (0,28%), o subitem plano de saúde subiu 0,77% em outubro. Os itens de higiene pessoal subiram 0,05%, influenciados pelas altas do perfume (1,24%) e dos produtos para cabelo (0,45%).
Quanto aos índices regionais, oito áreas tiveram alta em outubro. A maior variação foi registrada em Goiânia (0,63%), por conta da alta da passagem aérea (30,33%) e da gasolina (1,86%). Já a menor variação ocorreu em Fortaleza (-0,28%), cujo resultado foi influenciado pela queda nos preços da gasolina (-9,32%).
Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia | 4,96 | 0,14 | 0,63 | 3,07 | 4,67 |
Salvador | 7,19 | -0,03 | 0,40 | 3,89 | 4,88 |
Brasília | 4,84 | 0,87 | 0,30 | 4,23 | 5,88 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,13 | 0,27 | 4,27 | 5,50 |
Rio de Janeiro | 9,77 | 0,18 | 0,26 | 2,81 | 3,67 |
Belo Horizonte | 10,04 | 0,32 | 0,21 | 4,16 | 5,34 |
São Paulo | 33,45 | 0,39 | 0,21 | 4,11 | 5,16 |
Curitiba | 8,09 | 0,49 | 0,20 | 4,54 | 5,36 |
Recife | 4,71 | 0,23 | -0,06 | 3,84 | 5,12 |
Belém | 4,46 | 1,00 | -0,07 | 4,47 | 5,41 |
Fortaleza | 3,88 | 0,50 | -0,28 | 3,87 | 4,85 |
Brasil | 100,00 | 0,35 | 0,21 | 3,96 | 5,05 |
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 15 de setembro e 13 de outubro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de agosto a 14 de setembro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Fonte: Site Oficial do IBGE